NOVA IORQUE — As autoridades de saúde dos EUA alertam para um aumento de doenças bacterianas raras que podem levar à meningite e à possível morte.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças emitiram um alerta aos médicos norte-americanos na quinta-feira sobre um aumento nos casos de um tipo de doença meningocócica invasiva, a maior parte devido a uma cepa específica de bactéria.
No ano passado, foram notificados 422 casos nos EUA – o maior número num ano desde 2014. Já foram notificados 143 casos este ano, o que significa que as infecções parecem estar a caminho de ultrapassar 2023, afirmou o CDC. A maioria dos casos no ano passado não envolveu meningite, embora pelo menos 17 tenham morrido. Os casos foram desproporcionalmente mais comuns em adultos com idades entre 30 e 60 anos, em negros e em pessoas que têm VIH, disse o CDC.
A bactéria pode causar uma inflamação perigosa no cérebro e na medula espinhal chamada meningite, com sintomas que podem incluir febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas e vômitos. A bactéria também pode causar infecção na corrente sanguínea com sintomas como calafrios, fadiga, mãos e pés frios, respiração rápida, diarréia ou, em estágios posteriores, erupção na pele roxa escura.
A infecção pode ser tratada com antibióticos, mas o tratamento rápido é essencial. Estima-se que 10% a 15% das pessoas infectadas morram e os sobreviventes às vezes sofrem surdez ou amputações.
Também existem vacinas contra a doença meningocócica.
As autoridades recomendam que todas as crianças recebam uma vacina meningocócica conjugada, que protege contra a estirpe crescente, por volta da altura em que ingressam na escola secundária. Dado que a protecção da vacina diminui, o CDC também recomenda uma dose de reforço aos 16 anos. As vacinas também são recomendadas para pessoas com maior risco, como aquelas que vivem num local onde está a ocorrer um surto ou aquelas com infecção pelo VIH ou outras condições de saúde.