Um deles, denominado Argus II, foi aprovado para uso comercial na Europa em 2011 e nos EUA em 2013. Esse implante envolvia eletrodos maiores que foram colocados no topo da retina. Seu fabricante, Second Sight, parou de produzir o aparelho em 2020 devido a dificuldades financeiras. Enquanto isso, o Neuralink e alguns outros pretendem ignorar completamente o olho e, em vez disso, estimular o córtex visual do cérebro.
Hodak diz que o Prima difere de outros implantes de retina em sua capacidade de fornecer “visão de forma”, ou a percepção de formas, padrões e outros elementos visuais de objetos. O que os usuários veem não é a visão “normal”. Por um lado, eles não veem em cores. Em vez disso, eles veem uma imagem processada com um tom amarelado.
O ensaio envolveu pessoas com atrofia geográfica, uma forma avançada de degeneração macular relacionada à idade, ou DMRI, que causa perda gradual da visão central. Pessoas com a doença ainda têm visão periférica, mas apresentam pontos cegos na visão central, dificultando a leitura, o reconhecimento de rostos ou a visão com pouca luz.
Na DMRI, células especializadas chamadas fotorreceptores são danificadas ao longo do tempo. Localizados na parte posterior da retina, os fotorreceptores convertem a luz em sinais que são enviados ao cérebro. “Os fotorreceptores são perdidos, mas a retina é preservada em grande parte. Na nossa abordagem, o implante substitui os fotorreceptores”, diz Daniel Palanker, professor de oftalmologia da Universidade de Stanford, que inventou o implante Prima.