O diretor recebeu o Ebert Director Award, em homenagem ao falecido crítico de cinema Roger Ebert, no Toronto International Film Festival Tribute Awards
Spike Lee ligou críticos de cinema que sugeriram que Faça a coisa Certa provocaria tumultos quando estreou em 1989, ao mesmo tempo em que expressava sua gratidão ao falecido crítico Roger Ebert, que elogiou o filme após sua estreia em Cannes. “Ele foi muito importante na minha carreira”, disse Lee ao receber o Ebert Director Award, em homenagem ao falecido crítico de cinema Roger Ebert, no Toronto International Film Festival Tribute Awards, no domingo.
“Seu marido me apoiou, porque havia filhos da puta na imprensa que estavam dizendo isso Faça a coisa Certa iria incitar os negros à revolta – que este filme não deveria ser exibido nos Estados Unidos”, disse Lee, ao receber o prêmio de Chaz Ebert, a esposa do falecido crítico. “O filme saiu. Não houve tumultos”, acrescentou.
Assista ao discurso de aceitação de Lee.
Lee prosseguiu observando: “A luta ainda continua. Não há igualdade de condições”, ao mesmo tempo em que critica David Denby e Joe Klein por suas críticas ao filme que hoje é amplamente considerado um dos maiores da história do cinema. A New York Magazine escreveu, de acordo com Lee, que os leitores deveriam “rezar em Deus que isso não abra em sua vizinhança”.
O prêmio de Lee foi entregue pelo cineasta Barry Jenkins, que chamou Lee de “um dos melhores cineastas do nosso tempo” e agradeceu-lhe por carregar “tanto peso para tantos de nós (cineastas negros) por tanto tempo”.
Apesar de seu impacto no cinema, Lee já havia refletido sobre como os prêmios lhe haviam escapado até sua vitória no Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Homem Negro. “Tenho uma coisa engraçada com a Academia”, disse Lee em uma entrevista de 2021 à Rolling Stone. “A história mostrou – a história, a história dela – que muitas coisas boas foram esquecidas, então não sou o único.”