Scancelar a tela é um negócio de US$ 10 bilhões, com uma variedade aparentemente infinita de produtos disponíveis para venda. Entre na farmácia local e você encontrará fórmulas químicas e minerais em praticamente todas as contagens e formatos de FPS imagináveis, de cremes a sprays e bastões.
Então, qual você deve colocar na sua bolsa de praia neste verão? Veja como escolher o protetor solar certo, segundo dermatologistas.
Qual é a diferença entre protetores solares químicos e minerais?
Existem dois tipos principais de protetor solar: fórmulas químicas e minerais (também conhecidas como físicas). Eles têm o mesmo propósito – prevenir queimaduras solares e outros danos à pele causados pela radiação UV do sol – mas o fazem de maneiras diferentes.
Protetores solares feitos de minerais dióxido de titânio e óxido de zinco criam uma barreira física sobre a pele que reflete a luz ultravioleta. Os protetores solares químicos, por sua vez, apresentam ingredientes ativos que penetram na pele e absorvem os raios UV “como uma esponja”, explica o Dr. Raman Madan, chefe de dermatologia do Hospital Glen Cove, em Nova York. Nos EUA, incluem produtos químicos como homosalato, oxibenzona, avobenzona, octinoxato, octisalato e octocrileno.
O protetor solar químico ou mineral é melhor?
Muitas pessoas preferem fórmulas químicas porque penetram bem na pele, enquanto os filtros solares minerais podem deixar um resíduo branco calcário. Mas esse resíduo é um sinal visível do poder de permanência destes produtos; as fórmulas minerais tendem a durar mais do que os filtros solares químicos, diz o Dr. Abel Torres, presidente do departamento de dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida. “Se você sabe que vai ficar muito tempo na praia, o mineral pode ser uma escolha melhor, porque você não terá que se preocupar em reaplicar tanto”, afirma.
Pessoas com pele propensa a acne também podem se beneficiar de um protetor solar mineral, já que pesquisa sugere que o zinco pode ajudar a limpar manchas, observa Torres. Aqueles com pele sensível também podem se dar melhor com uma fórmula mineral, diz Madan, porque – ao contrário dos filtros solares químicos – esses produtos não penetram profundamente na pele, então “é quase impossível ser alérgico” a eles.
Pela mesma razão, as pessoas que estão preocupadas com a segurança do produto podem querer uma fórmula mineral. Pesquisa recente mostra que os ingredientes usados em filtros solares químicos entram na corrente sanguínea após serem absorvidos pela pele, e outros estudos (alguns realizados em animais) sugerem que produtos químicos de proteção solar, como a oxibenzona, podem estar ligados à perturbação hormonal e ao aumento do risco de certos tipos de câncer. É muito cedo para dizer exatamente se ou como a absorção desses produtos químicos afeta a saúde, diz Madan, mas as pessoas preocupadas podem encontrar paz de espírito nas fórmulas minerais.
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Há amplo apoio para essa ideia. A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) disse que o dióxido de titânio e o óxido de zinco podem ser geralmente considerados seguros e eficazes, mas não há dados suficientes para dizer o mesmo sobre os produtos químicos usados em protetores solares. (A agência pediu aos fabricantes que enviassem informações adicionais de segurança para análise.) E todos os 83 protetores solares verificados pelo Environmental Working Group, uma organização sem fins lucrativos que realiza análises independentes da segurança do protetor solar, são fórmulas minerais.
Ainda assim, Torres enfatiza que os estudos não comprovaram que as fórmulas químicas são perigosas; eles apenas sugeriram riscos potenciais. E há muitos benefícios conhecidos no uso de protetor solar, seja ele químico ou mineral – o mais importante é a redução do risco de câncer de pele. Portanto, se as fórmulas químicas são as que você realmente vai usar, é melhor escolhê-las do que sair desprotegido.
Qual FPS é melhor?
O fator de proteção solar, ou FPS, é uma medida de quanta radiação UV será necessária para queimar sua pele enquanto usa protetor solar e quando não o usa. Quanto maior o FPS, mais robusta é a proteção.
A FDA recomenda escolher um produto com FPS de pelo menos 15e a Academia Americana de Dermatologia diz que é melhor usar FPS 30 ou superior. Pessoas com pele clara podem querer ir ainda mais alto do que isso, diz Madan – mas depois de um certo ponto, os valores do FPS oferecem retornos decrescentes. Uma fórmula FPS-50 oferece uma proteção tão forte que a atualização para, digamos, FPS 100 oferece apenas uma pequena quantidade de benefícios adicionais, diz ele.
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Lembre-se de que, independentemente do FPS escolhido, você deve reaplicar após algumas horas ao sol, especialmente se estiver nadando ou suando muito. E, além de verificar o valor do FPS, a Skin Cancer Foundation recomenda escolher um protetor solar que é rotulado com a frase “proteção de amplo espectro”, o que significa que protege contra os raios UVA e UVB. Os raios UVA são responsáveis pelas rugas e pelo envelhecimento da pele, enquanto os raios UVB são a principal causa das queimaduras solares – mas ambos estão associados ao cancro da pele.
O protetor solar é melhor em spray, loção ou bastão?
Sprays, bastões e outros formatos são convenientes, mas Madan recomenda um bom creme à moda antiga, se você tiver escolha. “Ele fica um pouco mais espesso na pele, então os pacientes obtêm mais cobertura com a loção”, diz ele.
A pesquisa confirma esse ponto. Estudos demonstraram que muitas vezes as pessoas não aplicam protetor solar suficiente quando usam produtos em aerossol, uma vez que o spray pode ser facilmente levado pelo vento e muitas fórmulas são diluído por propelentes e outros ingredientes. Usar um spray também introduz a possibilidade de inalar substâncias potencialmente nocivasprincipalmente se aplicado diretamente no rosto.
Mas algo é sempre melhor do que nada, diz Madan – então, se tudo que você tem é um spray, use-o. A única exceção? A FDA disse que precisa de mais dados para provar que protetor solar em pó é eficaz, então Madan normalmente recomenda que os pacientes evitem esses produtos em favor de formulações testadas e comprovadas.