A Índia está planejando copiar a lei de porta de carregamento USB-C da União Europeia, exigindo que todos os smartphones adotem o padrão, o que representa três grandes problemas para a Apple – e não apenas na Índia.
Um novo relatório hoje diz que a Apple está fazendo lobby por uma isenção para modelos mais antigos ainda fabricados no país, ou atrasando a aplicação da legislação proposta…
Lei da porta de carregamento USB-C
O iPhone original usava o que agora parece ser um conector de 30 pinos hilariamente desajeitado, replicado do iPod.
Com o lançamento do iPhone 5 em 2012, porém, a Apple substituiu-o por uma porta Lightning minimalista. Essa porta permaneceu em uso até a linha do iPhone 14.
Embora a Apple tenha apostado alto no USB-C para Mac e iPad, e provavelmente teria mudado para o iPhone em algum momento, sua mão foi forçada por uma lei da UE. Para reduzir o lixo eletrónico e permitir que os consumidores utilizem os mesmos carregadores para vários dispositivos, a União Europeia exigiu que todos os fabricantes de smartphones utilizassem uma porta USB-C para carregamento.
A Índia planeia agora replicar esta lei, pela mesma razão.
Os três problemas da Apple
A lei, tal como redigida atualmente, aplicar-se-ia a quaisquer dispositivos fabricados após a sua entrada em vigor. Isso impediria efetivamente a Apple de fabricar e vender iPhones mais antigos com porta Lightning – o que representaria três grandes problemas para a empresa.
Em primeiro lugar, com muitos clientes da Apple na Índia incapazes de adquirir os modelos mais recentes, a empresa de Cupertino depende fortemente da venda de iPhones mais antigos, que ainda são fabricados no país.
Em segundo lugar, a fabricante do iPhone tem metas de volume de produção que deve atingir para tirar partido dos incentivos fiscais oferecidos pelo país. A Índia aposta numa abordagem de incentivo e castigo para incentivar a produção local de smartphones, conhecida como incentivos ligados à produção (PLI). O esquema oferece incentivos fiscais se você atingir as metas e tarifas de importação punitivas sobre dispositivos e componentes, caso não o faça.
Se a Apple não puder mais fabricar iPhones mais antigos na Índia e, como resultado, não conseguir atingir as metas, enfrentará custos de produção muito mais caros para os telefones que fabrica. pode ainda faço.
Terceiro, a Índia é o segundo maior centro de fabricação de iPhone da Apple, depois da China. Ser capaz de fabricar lá uma variedade de iPhones – antigos e novos – é fundamental para reduzir a dependência da empresa da China. A nova lei poderá revelar-se um grande revés para este progresso.
A Apple está fazendo lobby por isenções ou atrasos
Reuters relata que a Apple está respondendo fazendo lobby por uma isenção para modelos mais antigos ou atrasando a aplicação da lei.
A Apple disse à Índia que suas metas de produção local serão atingidas se Nova Delhi seguir a União Europeia e exigir que os iPhones existentes tenham portas de carregamento universais, mostra um documento do governo enquanto a gigante tecnológica dos EUA faz lobby por uma isenção ou atraso (…)
Embora todos os fabricantes, incluindo a Samsung, tenham concordado com o plano da Índia, a Apple está recuando (…)
Em uma reunião a portas fechadas em 28 de novembro, presidida pelo Ministério de TI da Índia, a Apple pediu às autoridades que isentassem os modelos existentes do iPhone das regras, alertando que, caso contrário, terá dificuldades para cumprir as metas de produção estabelecidas no esquema de incentivo vinculado à produção (PLI) da Índia, de acordo com. a ata da reunião vista pela Reuters.
A opinião de 9to5Mac
Em teoria, este deveria ser simples de resolver. Tanto a Apple como a Índia têm um interesse comum em fabricar o maior número possível de iPhones no país, pelo que uma isenção para a produção contínua de designs mais antigos garantiria que ambas as partes obtivessem o que necessitam.
No entanto, esta é a Índia. No passado, o governo assumiu uma atitude rígida e impaciente em relação ao cumprimento das suas regras, razão pela qual a Apple demorou muitos anos até ser capaz de cumprir os requisitos para abrir Apple Stores no país – embora isso também fosse claramente no interesse de ambas as partes, ajudando a gerar crescimento económico.
Espero que este problema seja resolvido rapidamente – mas não estou prendendo a respiração para uma decisão rápida.
Foto: Samuel Angor/Remover respingo
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