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Meta remove contas do líder do Irã

Por Humberto Marchezini


(DUBAI, Emirados Árabes Unidos) — Meta removeu contas do Instagram e do Facebook administradas em nome do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, após críticas sobre seu apoio ao Hamas após o ataque de 7 de outubro a Israel, que desencadeou a guerra de meses que ainda assola Gaza. Strip, confirmou a empresa na sexta-feira.

A Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, não ofereceu detalhes sobre seu raciocínio. No entanto, disse que removeu as contas “por violarem repetidamente a nossa política sobre organizações e indivíduos perigosos”.

“Não permitimos que organizações ou indivíduos que proclamam uma missão violenta ou que estejam envolvidos em violência tenham presença nas nossas plataformas”, afirma a política. Isso inclui aqueles designados como terroristas pelo governo dos EUA.

A missão do Irão nas Nações Unidas não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Khamenei e a sua vasta rede de patrocínio dentro do Irão são há muito alvo de sanções americanas. O próprio Khamenei tem sido alvo de sanções dos EUA desde 2019 pela administração do então presidente Donald Trump, quando as tensões começaram a aumentar no Médio Oriente devido à retirada unilateral de Trump da América do acordo nuclear de Teerão com as potências mundiais.

No entanto, a pressão tem crescido nas plataformas online para remover Khamenei nos últimos anos, especialmente após os protestos em massa que se seguiram à morte de Mahsa Amini em 2022, após a sua detenção, alegadamente por causa da forma como usava o lenço de cabeça obrigatório no Irão.

O uso do Facebook por Khamenei atraiu críticas no passado. A rede social foi proibida no Irão desde a disputada eleição presidencial de 2009 e os protestos do Movimento Verde que se seguiram. O Irã começou a bloquear o Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp da Meta após os protestos pela morte de Amini.

Khamenei ainda mantém uma conta no X, antigo Twitter.

Khamenei e relatos associados ao líder supremo elogiaram o ataque do Hamas a Israel, que matou 1.200 pessoas e fez cerca de 250 outras tomadas como reféns. Imediatamente após o ataque, Khamenei apoiou o Hamas num discurso, dizendo: “Beijamos as mãos daqueles que planearam o ataque ao regime sionista”.

O Irã forneceu armas e apoio ao Hamas, embora não se acredite que Teerã tenha dirigido o ataque de 7 de outubro. Desde então, a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza matou mais de 27 mil palestinianos e provocou tensões em todo o Médio Oriente. Milícias apoiadas pelo Irão, como o Hezbollah do Líbano e os rebeldes Houthi do Iémen, também armados pelo Irão, lançaram ataques contra Israel desde então.

Jonathan Greenblatt, da Liga Anti-Difamação, elogiou a decisão do Meta.

“Ele usou essas plataformas durante anos para incitar o anti-semitismo violento, para legitimar o anti-sionismo militante e para fazer ameaças genocidas”, escreveu Greenblatt online.



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