Manifestantes que pediam um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas afluíram ao Grand Central Terminal, no centro de Manhattan, na sexta-feira, num dos maiores protestos que a cidade já viu desde o início do conflito, há três semanas.
A manifestação, organizada pela Voz Judaica pela Paz, ocorreu no momento em que Israel intensificava as suas operações militares dentro de Gaza.
Centenas de manifestantes encheram a estação ferroviária, gritando “cessar-fogo agora” e “deixar Gaza viver”. A maioria usava camisas pretas onde se lia “não está em nosso nome”.
Faixas declarando “Os palestinos deveriam ser livres” e “Os israelenses exigem cessar-fogo agora” foram estendidas sobre os corrimãos das escadas.
“Não acredito nesta guerra”, disse Rosalind Petchesky, 81 anos, membro da Voz Judaica pela Paz.
Sumaya Awad disse querer que o governo dos EUA “seguisse as orientações e os desejos da maioria dos americanos”.
“Estamos aqui envolvidos na desobediência civil para deixar claro que queremos que as bombas parem de cair”, disse ela.
O protesto agitou o trajeto noturno de milhares de pessoas que tentavam pegar o trem para casa na noite de sexta-feira. Os passageiros passavam, alguns parando, outros parecendo confusos. Nenhum atraso de trem foi relatado por causa do protesto.
A polícia tentou, sem sucesso, bloquear as entradas da Grand Central, depois ficou parada e observou os manifestantes tomarem conta do saguão principal. Por volta das 19h, com centenas de manifestantes ainda na delegacia, a polícia começou a fazer prisões. Logo depois, o MTA anunciou que não permitiria a entrada de ninguém no terminal e designou duas entradas como somente saída.
Sean Piccoli e Julian Roberts-Grmela contribuíram com reportagens.