O primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh, da Autoridade Palestina, órgão que administra parte da Cisjordânia ocupada por Israel, apresentou a renúncia de seu gabinete na segunda-feira, segundo a agência de notícias oficial da autoridade.
A decisão surge na sequência de esforços diplomáticos envolvendo os Estados Unidos e os estados árabes, incluindo a Arábia Saudita, para persuadir a autoridade a reformular-se de uma forma que lhe permita assumir a administração de Gaza após o fim da guerra.
Mas não estava claro se a nomeação de um novo primeiro-ministro e de um novo gabinete seria suficiente para renovar a autoridade ou persuadir Israel a deixá-lo governar Gaza. O Presidente Mahmoud Abbas, o líder mais graduado da autoridade, permanecerá no cargo juntamente com os seus chefes de segurança, independentemente de aceitar ou não a demissão de Shtayyeh.
Os líderes israelitas deram a entender fortemente que não permitiriam que a actual liderança da autoridade governasse Gaza. Os líderes americanos e árabes esperavam que a nova liderança pudesse aumentar a probabilidade de Israel ceder o controlo administrativo de Gaza à autoridade.
Sem um parlamento funcional nas áreas controladas pela autoridade, Abbas governa há muito tempo por decreto e exerce ampla influência sobre o sistema judicial e de acusação.
De acordo com diplomatas informados sobre o seu pensamento, o candidato preferido de Abbas para primeiro-ministro é Mohammad Mustafa, um conselheiro económico de longa data que é considerado membro do seu círculo íntimo.