(WASHINGTON) — O procurador especial Jack Smith apresentou na terça-feira uma nova acusação contra Donald Trump por seus esforços para anular a eleição presidencial de 2020, que mantém as mesmas acusações criminais, mas reduz as alegações contra ele após uma opinião da Suprema Corte conferindo ampla imunidade a ex-presidentes.
A nova acusação remove uma seção da acusação que tratava das interações de Trump com o Departamento de Justiça, uma área de conduta sobre a qual a Suprema Corte, em uma opinião de 6-3 no mês passado, disse que Trump tinha direito à imunidade de processo.
O caso criminal atualizado não lista mais como co-conspirador Jeffrey Clark, um funcionário do Departamento de Justiça que defendeu as falsas alegações de Trump sobre fraude eleitoral. Os co-conspiradores de Trump não foram nomeados em nenhuma das acusações, mas foram identificados por meio de registros públicos e outros meios.
O gabinete do procurador especial disse que a acusação atualizada, apresentada no tribunal federal em Washington, foi emitida por um grande júri que não havia ouvido evidências no caso anteriormente.
A acusação manteve as alegações de que Trump tentou pressionar o então vice-presidente Mike Pence a se recusar a certificar a contagem dos votos eleitorais. O presidente do Supremo Tribunal John Roberts escreveu para o tribunal que as interações entre Trump e Pence equivaliam a conduta oficial pela qual “Trump é pelo menos presumivelmente imune a processo”.
A questão, escreveu Roberts, é se o governo pode refutar “essa presunção de imunidade”.
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O escritor da Associated Press, Mark Sherman, em Washington, contribuiu para esta reportagem.