Pelo menos 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na sexta-feira, no que as autoridades acreditam ter sido um ataque suicida numa reunião religiosa no sudoeste do Paquistão, o mais recente sinal da deterioração da situação de segurança do país.
A explosão ocorreu por volta do meio-dia em Mastung, um distrito da província do Baluchistão. O alvo era uma procissão de centenas de pessoas que se reuniram para o Eid-e-Milad-un-Nabi, um feriado que celebra o aniversário do profeta Maomé.
Esperava-se que o número de mortos aumentasse, disseram autoridades.
“Devido à força da explosão, várias pessoas ali reunidas morreram instantaneamente e muitas outras sofreram ferimentos”, disse Javed Lehri, um policial local. “Estamos investigando, mas parece que foi um ataque suicida.”
Nenhum grupo ainda assumiu a responsabilidade pela explosão, disseram autoridades. Entre as vítimas estava um policial.
A explosão foi o mais recente ataque a abalar o Paquistão, onde grupos militantes se tornaram mais ativos nos últimos dois anos depois de encontrarem refúgio seguro no vizinho Afeganistão sob a administração talibã.
Os talibãs paquistaneses, um grupo militante com laços estreitos com os talibãs afegãos que se opõem ao governo paquistanês, e a filial do Estado Islâmico na região realizaram alguns dos ataques mais mortíferos do país nesse período. A filial do Estado Islâmico, conhecida como Estado Islâmico Khorasan, ou ISIS-K, realizou ataques no distrito de Mastung nos últimos anos.
Vídeos do rescaldo do ataque que circularam nas redes sociais mostraram centenas de pessoas reunidas em torno de corpos espalhados em poças de sangue.
“Equipes de resgate foram enviadas para Mastung”, disse Jan Achakzai, ministro provincial da Informação. Pessoas gravemente feridas estavam sendo transferidas para a capital da província, Quetta, a cerca de 32 quilômetros de distância, acrescentou.