John Giannandrea, vice-presidente sênior de estratégia de ML e IA da Apple, tomou posição esta semana para testemunhar no Departamento de Justiça em andamento processo antitruste contra o Google. Durante seu depoimento, Giannandrea apontou especificamente para um novo recurso pouco conhecido no iOS 17 relacionado ao mecanismo de busca padrão do iPhone.
A Apple se viu envolvida no processo do DOJ, que se concentra em saber se o Google abusa ou não de sua posição na indústria de mecanismos de busca. A Apple não é citada como réu no caso, mas o acordo multibilionário de mecanismo de busca padrão entre ela e o Google é um dos principais aspectos do julgamento.
Como já abordamos no passado, o Google paga bilhões de dólares à Apple todos os anos para manter seu status de mecanismo de busca padrão no iPhone, iPad e Mac. O DOJ acredita que este acordo pode desempenhar um papel fundamental no abuso de poder geral do Google na indústria de buscas.
Conforme relatado por Bloomberg, durante as audiências de quinta e sexta-feira, Giannandrea destacou que o iOS 17 adicionou uma nova configuração que permite aos usuários escolher dois mecanismos de pesquisa padrão diferentes em seus dispositivos. Uma das configurações é para navegação normal no Safari, enquanto a nova segunda opção é especificamente para navegação privada.
O Google ainda é o padrão para ambas as configurações. A diferença é que agora você tem uma camada adicional de controle granular para definir padrões diferentes para ambos os modos de navegação do Safari. Você pode encontrar a nova opção acessando o aplicativo Configurações, escolhendo “Safari” e procurando a nova opção “Mecanismo de pesquisa privado”. Você pode escolher entre Google, Yahoo, Bing, DuckDuckGo e Ecosia.
Esse recurso passou despercebido durante os testes beta do iOS 17 durante o verão. O iOS 17, no entanto, já está disponível para o público em geral e a Apple parece pensar que a nova opção de pesquisa é um aspecto fundamental do seu acordo com o Google.
Acredita-se que o testemunho de Giannandrea seja de particular importância para o caso. Antes de ingressar na Apple em 2018, Giannandrea trabalhou no Google por oito anos e atuou como vice-presidente sênior de engenharia de pesquisa da empresa.
Eddy Cue e Adrian Perica, da Apple, também devem testemunhar como parte do caso. A Apple argumentou que não há necessidade de Cue, Giannandrea e Perica testemunharem no caso, mas o tribunal discordou.
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