Evan Gershkovich, um repórter americano do The Wall Street Journal que a Rússia acusa de espionagem, compareceu terça-feira numa audiência num tribunal de Moscovo para recorrer de uma decisão que prolongou a sua prisão preventiva.
Ele está detido na Rússia desde março. A decisão, de agosto, prorrogou sua detenção por três meses.
Ele foi detido na prisão de Lefortovo, em Moscou, sob acusações de espionagem que ele, o governo dos EUA e o Journal negaram veementemente. Os Estados Unidos disseram que ele foi detido injustamente.
A prisão de Lefortovo é famosa pelo quase isolamento e pelas condições muitas vezes duras impostas aos seus presos. Se for condenado, Gershkovich poderá pegar até 20 anos em uma colônia penal russa.
Nas fotos do tribunal, Gershkovich apareceu em pé em uma caixa de vidro, vestindo um moletom amarelo e jeans.
Gershkovich reuniu-se na sexta-feira com a embaixadora dos EUA na Rússia, Lynne M. Tracy. A sua família apelou aos líderes mundiais e às Nações Unidas por ajuda para garantir a sua libertação sob acusações que diz serem falsas.
Uma troca de prisioneiros, como a que garantiu a libertação de Brittney Griner, uma estrela do basquete norte-americana, no final do ano passado, não ocorreria até que um veredicto fosse alcançado no caso, disseram autoridades russas. Griner foi detida por quase 10 meses sob acusação de porte de maconha. Sabe-se que a administração Biden está trabalhando para garantir a libertação antecipada de Gershkovich.