Home Saúde Equador vota para reforçar medidas de segurança em meio a onda de violência em todo o país

Equador vota para reforçar medidas de segurança em meio a onda de violência em todo o país

Por Humberto Marchezini


QUITO, Equador – O novo presidente do Equador obteve uma vitória retumbante no domingo em um referendo que ele elogiou como uma forma de reprimir as gangues criminosas por trás de uma onda crescente de violência.

Uma contagem rápida oficial mostrou que os equatorianos votaram esmagadoramente “sim” a todas as nove questões centradas no reforço das medidas de segurança, rejeitando apenas duas propostas sobre medidas económicas mais controversas.

A contagem rápida foi anunciada pela chefe do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint. Confirmou uma sondagem privada divulgada horas antes, que indicava uma vitória retumbante e um sinal de apoio ao presidente Daniel Noboa, descendente de uma rica família exportadora de bananas.

Entre as medidas aprovadas está o apelo do Presidente Noboa para mobilizar o exército na luta contra as gangues, para afrouxar os obstáculos à extradição de acusados ​​de crimes e para prolongar as penas de prisão para traficantes de drogas condenados.

O Equador era tradicionalmente um dos países mais pacíficos da América do Sul, mas tem sido abalado nos últimos anos por uma onda de violência, grande parte da qual se espalha pela vizinha Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína. No ano passado, a taxa de homicídios no país disparou para 40 mortes por 100 mil pessoas, uma das mais altas da região.

Consulte Mais informação: Equador em turbulência após criminoso ‘mais procurado’ escapar da prisão: o que saber

Noboa conseguiu o apoio popular ao confrontar as gangues de frente. Essa tarefa tornou-se mais urgente em Janeiro, quando homens armados mascarados, alguns por ordem de traficantes de droga presos, aterrorizaram residentes e assumiram o controlo de uma estação de televisão enquanto esta estava no ar, numa demonstração de força sem precedentes.

Após a violência, o presidente de 36 anos decretou um “conflito armado interno”, permitindo-lhe usar poderes de emergência para mobilizar o exército na perseguição de cerca de 20 gangues agora classificados como “terroristas”.

O referendo, no qual 13 milhões de equatorianos foram chamados a votar, continha medidas para alargar esses poderes e colocá-los numa base jurídica mais sólida.

Algumas das medidas aprovadas implicam alterações na constituição do Equador, mas por terem sido previamente endossadas pelo Tribunal Constitucional, Noboa só precisa publicá-las no Diário Oficial para entrarem em vigor. Algumas dessas iniciativas são as relacionadas com o uso do exército e a extradição.

Para as alterações que exigem alteração de algumas leis gerais, o presidente terá que enviar uma proposta de reforma à Assembleia, que terá 60 dias para processá-las.

Noboa, antes da contagem final, comemorou o resultado. “Defendemos o país”, disse ele numa mensagem publicada nas redes sociais. “Agora teremos mais ferramentas para lutar contra o delinquente e restaurar a paz às famílias do Equador.”

A retórica da lei e da ordem de Noboa recorda as políticas do presidente extremamente popular de El Salvador, Nayib Bukele, um colega da geração Y, e poderá dar-lhe um impulso político enquanto se prepara para concorrer à reeleição no próximo ano.

Noboa está cumprindo os últimos 18 meses de um mandato presidencial que ficou vago quando o colega conservador Guillermo Lasso renunciou em meio a uma investigação do Congresso sobre alegações de corrupção. Noboa foi eleito após uma campanha curta, mas sangrenta, que viu um de seus principais rivais ser descaradamente assassinado durante a campanha.



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