Como informamos aqui no passado, a Apple está enfrentando uma disputa legal intrigante no Brasil quando se trata da marca “iPhone”, já que uma empresa local chamada Gradiente afirma ter patenteado o nome muito antes da Apple. Como o caso ainda aguarda julgamento final, a Gradiente ainda acredita ter criado o primeiro iPhone.
Apple contesta marca registrada do iPhone no Brasil
Em entrevista ao jornal brasileiro Folha de S.Paulo (através MacMagazine), o CEO da Gradiente, Eugênio Staub, contou como se sente em relação à disputa entre sua empresa e a Apple. Staub reclamou até de brasileiros acusarem a Gradiente de se aproveitar da situação para tentar tirar dinheiro da Apple, o que ele diz não ser o caso.
“As pessoas olham para essa história e dizem ‘A Gradiente é uma empresa brasileira, então deve ser uma farsa, certo?’”, disse o executivo.
Staub mostrou ao jornalista um aparelho antigo do telefone chamado “Gradiente Iphone”, lançado no Brasil em 2000 – sete anos antes do iPhone da Apple. Ele também mostrou alguns folhetos usados para divulgar o telefone na época. “Vendemos 30 mil (unidades) em poucos meses”, disse Staub.
Porém, devido a uma disputa entre a Gradiente e outra empresa brasileira, a marca “Iphone” só foi concedida à Gradiente em 2008, um ano depois de Steve Jobs lançar o primeiro iPhone. Na época, a Gradiente não vendia mais telefones, mas isso mudou em 2012, quando a empresa brasileira anunciou um smartphone Android chamado “Gradiente Iphone”.
Não é novidade que a Apple pediu ao regulador brasileiro que invalidasse a marca Gradiente, que acabou perdendo os direitos exclusivos da marca “Iphone” no Brasil em 2013. Ambas as empresas lutam na Justiça desde então e aguardam o julgamento final do Suprema Corte. Mesmo assim, o CEO da Gradiente afirma não ter nada contra o iPhone da Apple.
“Ele (Steve Jobs) lançou um produto sensacional. Ele é um gênio da nossa geração e de várias gerações. Mas isso não tira o fato de já termos lançado um produto semelhante com o mesmo nome”, argumenta o CEO da Gradiente. “O país (Brasil) não reconhece muitas de suas próprias inovações”, acrescenta.
A data do julgamento final ainda não foi anunciada.
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