Putin voltou-se para a Ucrânia após as eleições
Um dia depois de ter sido declarado vencedor nas eleições presidenciais da Rússia, Vladimir Putin aproveitou uma celebração ontem para sinalizar que a guerra contra a Ucrânia continuaria a dominar o seu governo – e que a sua luta para adicionar território à Rússia ainda não tinha terminado.
Na celebração realizada na Praça Vermelha, Putin destacou o controle da Crimeia pela Rússia. Ele ficou diante de uma faixa que celebrava o 10º aniversário da anexação da península e falou sobre trazer o povo do leste da Ucrânia “de volta à sua família natal”.
Repetindo um aviso que fez no Verão passado, Putin disse que a Rússia poderia tentar criar uma “zona de segurança” em território ucraniano que a Rússia não controla actualmente.
Os russos estão agora a preparar-se para o que poderá vir a seguir. Para muitos, a grande preocupação é outro recrutamento militar. E os analistas acreditam que a criação de tal zona tampão exigiria a captura de partes da região de Kharkiv, na Ucrânia – o que poderia exigir uma nova mobilização.
Resultados eleitorais: As autoridades disseram que Putin obteve mais de 87% dos votos. Aqui estão as conclusões.
Enquetes: O Kremlin pode ter-se sentido mais confortável em orquestrar uma margem de vitória tão grande porque o índice de aprovação de Putin subiu durante a guerra nas sondagens independentes. Mas uma sondagem do final de Janeiro também revelou que mais de metade dos inquiridos apoiava o restabelecimento das relações com os países ocidentais e uma trégua com a Ucrânia.
Outras atualizações:
Gâmbia tomou medidas para reverter a proibição da mutilação genital feminina
Os legisladores gambianos votaram ontem pela revogação da proibição da mutilação genital feminina. Se o projeto de lei for aprovado na fase final, o que os analistas consideram provável, o país seria a primeira nação a reverter as proteções para meninas que foram promulgadas em 2015.
Um influente imã na Gâmbia, um país de maioria muçulmana na África Ocidental, liderou apelos para a revogação da proibição, alegando que o corte é uma obrigação religiosa e é culturalmente importante. A prática é reconhecida internacionalmente como uma grave violação dos direitos humanos e é uma das principais causas de morte nos países onde é praticada.
Forças israelenses invadiram o maior hospital de Gaza
As forças israelenses usaram tanques e escavadeiras ontem em um ataque ao Hospital Al-Shifa, no norte de Gaza. A instalação, o maior hospital de Gaza, tem sido um ponto crítico da guerra: Israel e as agências de espionagem dos EUA acreditam que o Hamas usou o hospital como centro de comando, o que o Hamas nega.
Israel disse que tinha como alvo altos funcionários do Hamas que se reagruparam em Al-Shifa e que os seus soldados responderam ao fogo do Hamas. As autoridades de saúde de Gaza disseram que Israel lançou mísseis contra o complexo e disparou contra salas de cirurgia. Os detalhes dos combates não puderam ser verificados. Ambos os lados disseram que combatentes foram mortos.
Fundo: Evidências examinadas pelo The Times sugerem que o Hamas usou o hospital como cobertura e manteve um túnel abaixo dele, mas Israel tem lutado para provar que é um centro de comando.
MAIS NOTÍCIAS PRINCIPAIS
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Iniciadores de conversa
Álbum de separação de Shakira
Shakira teve alguns anos difíceis.
Depois de décadas de singles de sucesso e crossovers inovadores com pop latino, ela rompeu com seu parceiro de 11 anos, pai de seus dois filhos. Ela ajudou o pai em hospitalizações e cirurgias cerebrais e resolveu um caso de evasão fiscal na Espanha, pagando uma multa de cerca de US$ 8,2 milhões.
A separação e a dissolução de sua família constituem a espinha dorsal de seu primeiro álbum em sete anos, “Las Mujeres Ya No Lloran”, que se traduz como “Women No Longer Cry”. Nosso crítico conversou com Shakira sobre seu novo álbum, que sai na sexta-feira.
“Se a vida lhe dá limões, você faz limonada”, disse ela. “Foi isso que fiz com este álbum – usar minha própria criatividade para processar minha frustração, minha raiva e minha tristeza. Transmutei ou transformei dor em produtividade.”