Zoológico Elétrico voltou ao Randall’s Island Park neste fim de semana do Dia do Trabalho, mas não sem alguns conflitos. O primeiro dia do festival foi cancelado na sexta-feira, horas antes da abertura dos portões, devido à construção incompleta do palco principal. Multidões agitadas invadiram os portões no domingo após serem informadas de que o local atingiu sua capacidade. Apesar dos erros de cenografia e dos atrasos no início, os artistas que eram capaz de se apresentar durante os dois dias restantes, eletrizou o público com sucessos pesados e visuais hipnóticos.
Melhor Solo de Guitarra: Gryffin
Ravers tocavam a plenos pulmões as melodias house melódicas de Gryffin enquanto ele se apresentava no palco Convergence no sábado. Durante o final de seu set de 75 minutos, o nativo de São Francisco rastejou até a cabine do DJ, com a guitarra elétrica na mão, e começou a tocar “Feel Good”, enquanto o fogo saía do palco. Gryffin, que se tornou um pianista com formação clássica ainda jovem, batia a cabeça com o cabelo na altura dos ombros enquanto a multidão agitava os braços em uníssono.
Anúncio mais surpreendente: Alison Wonderland
A produtora australiana Alison Wonderland não se conteve, inclusive anunciou seu retorno ao circuito de festivais após ter um filho, durante sua apresentação no sábado. Em meio a melodias pesadas e batidas que desafiam a morte, ela compartilhou que seu filho de dois meses e meio estava se tornando um jovem raver e disse que ouve techno como uma canção de ninar para ajudá-lo a dormir.
Melhor Energia: Zedd
Se houvesse um pacote inicial de raver, ele viria equipado com meia dúzia de músicas de Zedd. O produtor e DJ vencedor do Grammy encerrou o sábado com um set de 75 minutos repleto de seus singles no topo das paradas, como “Break Free”, com Ariana Grande, e “We’re Beautiful Now”. O show atingiu o clímax quando os participantes levantaram as luzes dos telefones ao som da música clássica “Clarity” e fogos de artifício dispararam pelo céu.
Melhor multidão para um set inicial: Layton Giordani
Aqueles que tiveram a sorte de passar pela entrada do Ezoo antes das 18h experimentaram o novato do techno Layton Giordani. O público não se incomodou com as temperaturas de cozimento enquanto Layton tocava sucessos techno no meio da multidão, com alguns participantes tocando bambolês e ioiôs.
Melhor Design de Palco: Nora en Pure
Enquanto as batidas melódicas de Nora en Pure ondulavam pela multidão, o cenário do Morphosis atraiu os participantes para uma fuga subaquática. Refletindo os blocos de construção do Minecraft, cardumes de peixes, tubarões e louva-a-deus serpenteavam de tela em tela em um mar azul. O design foi refrescante, em contraste com as cores ofuscantes associadas aos palcos vizinhos, e combinou bem com o som hipnótico e a música emocional do DJ sueco.
Melhor cenário do pôr do sol: Tiesto
Enquanto o sol de domingo criava um tom alaranjado no céu, o DJ viajante inundou o parque com trance e bass house. Com décadas de experiência, a atuação do DJ holandês foi incomparável no palco Convergence, com um show de luzes coloridas e rajadas de fumaça hipnotizando o público.
Melhores recursos visuais: Zeds Dead b2b Griz
Zeds Dead e Griz fecharam o palco Continuum na noite de domingo, completo com clipes psicodélicos e um show de laser hipnótico. Junto com mixagens dub, a dupla introduziu clássicos como “The One and Only” de Snoop Dogg e “Ain’t No Mountain High Enough” de Marvin Gaye, forçando o público ao karaokê. O meio DJ e meio saxofonista Griz também subiu ao palco para tocar seu instrumento de sopro, proporcionando uma pausa jazzística do baixo forte.