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A Apple aprofunda seu compromisso com a privacidade da Siri

Por Humberto Marchezini


Depois de ser alvo de uma ação judicial por “gravação ilegal e intencional” de interações com a Siri, a Apple concordou em pagar US$ 95 milhões em um acordo. Mesmo assim, a empresa acaba de publicar um artigo reafirmando seu compromisso com a privacidade e esclarecendo como funciona a Siri.

Apple reafirma seu compromisso com a privacidade da Siri

Em postagem compartilhada em seu site para a imprensaa Apple diz estar “comprometida em proteger os dados dos usuários” e reforçou que os produtos da empresa são “construídos do zero” com tecnologias de privacidade. Segundo a Apple, a empresa nunca usou dados da Siri para construir perfis de marketing e nunca ofereceu tais dados a anunciantes.

Conforme observado pela empresa, a Siri utiliza o processamento no dispositivo sempre que possível, para que as solicitações possam ser tratadas offline sem a necessidade de enviá-las aos servidores da Apple. “Por exemplo, quando um usuário pede ao Siri para ler mensagens não lidas, ou quando o Siri fornece sugestões por meio de widgets e pesquisa do Siri, o processamento é feito no dispositivo do usuário”, explica a Apple.

A Apple também afirma que o áudio das solicitações do usuário não é compartilhado com a Apple, a menos que o usuário decida fazê-lo como forma de fornecer feedback.

Em alguns casos, a Siri precisa se comunicar com os servidores da Apple, mas a empresa argumenta que as solicitações são feitas de forma anônima por meio de um “identificador aleatório” não associado à Conta Apple do usuário. Esse processo garante que ninguém possa rastrear os dados ou identificar quem está por trás das solicitações. As gravações de áudio são excluídas, a menos que os usuários optem por compartilhá-las com a Apple.

No artigo, a Apple também fala sobre como práticas de privacidade semelhantes se aplicam ao Apple Intelligence, que processa a maior parte dos dados no dispositivo. “Para solicitações de inteligência da Apple que exigem acesso a modelos maiores, o Private Cloud Compute estende a privacidade e a segurança do iPhone para a nuvem para desbloquear ainda mais inteligência”, acrescenta a empresa.

Processo sobre dados coletados por meio da Siri

A ação foi movida em 2019 e alegou que a Apple gravou conversas com a Siri sem o consentimento dos usuários, e que essas conversas foram então compartilhadas com serviços de terceiros que geraram anúncios direcionados. Tudo isso estaria relacionado ao comando “Hey Siri” que exige que o aparelho esteja sempre ouvindo com o microfone ligado.

Apesar da empresa reforçar seu compromisso com a privacidade e esclarecer que fez muitas mudanças ao longo dos anos para tornar a Siri ainda mais privada e segura, a empresa concordou em pagar para resolver o caso. Ainda não há detalhes disponíveis sobre como reivindicar sua participação no pagamento.

Mais informações sobre as políticas de privacidade da Apple podem ser encontradas no site da empresa.

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