Na sexta-feira, a Apple anunciou seus planos de apelar contra a decisão de um juiz de que a empresa violou direitos trabalhistas ao interrogar funcionários sobre simpatizantes sindicais e restringir a circulação de panfletos sindicais. Em resposta, a Apple diz que discorda das reclamações e afirma que a comunicação “aberta, honesta e direta” faz parte da cultura colaborativa da empresa.
Juiz proíbe Apple de interrogar funcionários sobre sindicatos
Conforme relatado por Bloomberg, A Apple diz que apelará da decisão por meio do processo NLRB. A decisão, divulgada no início desta semana, é baseada em reclamações de funcionários de varejo no World Trade Center da Apple, na cidade de Nova York. Esta é uma das várias Apple Stores nos EUA que promovem campanhas de sindicalização.
“A comunicação regular aberta, honesta e direta com os membros de nossa equipe é uma parte fundamental da cultura colaborativa da Apple”, disse a Apple no comunicado.
O juiz decidiu que a Apple deveria desistir de interrogar funcionários sobre ativismo trabalhista. A empresa também está proibida de confiscar “literatura pró-sindical” em salas de descanso ou “interferir, restringir ou coagir funcionários” no exercício de seus direitos. O relatório observa que esta é a primeira vez que um juiz do NLRB decidiu contra a Apple.
Embora a agência possa ordenar mudanças nas políticas da empresa, ela não pode impor danos punitivos. Se a Apple realmente apelar da decisão, o caso seguirá para os membros do conselho trabalhista em Washington e depois para o tribunal federal de apelações.
Apple enfrenta desafios com a sindicalização de suas lojas
A Apple tem enfrentado disputas com seus funcionários do varejo nos Estados Unidos desde que algumas lojas decidiram se sindicalizar. No ano passado, a loja de varejo da Apple em Towson, Maryland, tornou-se a primeira da empresa a se sindicalizar. Por outro lado, a Apple continua seus esforços para impedir que as lojas se sindicalizem, incluindo reuniões nacionais com funcionários do varejo para “discutir os riscos da sindicalização”.
Depois de ser acusada de táticas anti-sindicais ilegais, a Apple concordou em deixar uma auditoria terceirizada verificar se a empresa cumpre suas políticas de direitos humanos.