Para uma entrevista jurídica bem-sucedida, os advogados podem se beneficiar com dicas sobre a melhor forma de defender seu caso – por que seriam adequados para este escritório. Principalmente porque a forma como abordam as reuniões no seu exercício da advocacia pode sair pela culatra numa entrevista. Afinal, uma entrevista de emprego não é um depoimento.
Aqui estão 18 dicas para uma entrevista bem-sucedida em um escritório de advocacia.
A entrevista é sobre eles, não sobre você
A maioria dos candidatos pensa que as entrevistas são sobre eles, mas “é sobre o empregador. Não se trata de você”, diz Tony Waller, reitor assistente de desenvolvimento de carreira da Faculdade de Direito da Universidade da Geórgia.
As perguntas reais, embora não ditas, que um entrevistador faz são: “Você é um bom investimento para a empresa?” “Podemos colocá-lo na frente dos clientes?” e “Você produzirá um produto de trabalho de qualidade para nós?” diz Waller, que atualmente atua como presidente da National Association for Law Placement.
Venda como você ajuda a empresa
Os melhores candidatos explicam como contratá-los atende às necessidades da empresa, agora e no futuro, diz Waller.
Waller fica surpreso com a frequência com que os recrutadores relatam que, quando perguntaram a um candidato onde queria estar daqui a cinco anos, o candidato disse que queria trabalhar em outro lugar.
Passe no ‘teste do aeroporto’
Os escritórios de advocacia decidem em grande parte se um advogado é capaz por meio de seu currículo, portanto, as entrevistas tratam menos de habilidade e mais de determinar a adequação de alguém à cultura do escritório. A empresa quer saber como seria um candidato durante longas semanas de trabalho, diz Waller.
Assim, a entrevista é “o teste do aeroporto”. Os entrevistadores se perguntam: “Você gostaria de estar com essa pessoa quando ficasse preso no aeroporto de Minneapolis durante uma tempestade de neve?” diz Lauren Rivera, Cátedra Peter G. Peterson em Ética Corporativa na Kellogg School of Management da Northwestern University.
É (geralmente) uma conversa, não um depoimento
Candidatos que cresceram em famílias que não discutiam regularmente negócios ou direito muitas vezes vão a entrevistas esperando que sejam formais e hierárquicas, de acordo com Rivera, que estuda como a origem das pessoas afeta a contratação de escritórios de advocacia.
No entanto, a maioria das entrevistas em escritórios de advocacia são conversas não estruturadas, por isso os candidatos se saem melhor esperando um diálogo livre.
“Eles levam você em uma viagem e acompanham o passeio”, diz Rivera.
Faça sua lição de casa: pesquise o entrevistador e a empresa
Quando um candidato conhece o escritório, está familiarizado com seus assuntos e pode discutir um artigo de revisão jurídica escrito pelo entrevistador, ele comprova seu interesse em trabalhar neste escritório, explica Waller.
“Isso pode mudar o jogo”, diz ele.
Por outro lado, um candidato despreparado pergunta sobre áreas de atuação que a empresa não possui, diz Rivera.
Pratique, pratique, pratique
Embora pareça paradoxal, a melhor maneira de parecer natural é praticar a entrevista com um parceiro. A prática ajuda o candidato a conversar sobre sua experiência de maneira mais coloquial, explica Rivera.
E todos perguntam: “Fale-me sobre você”, então os candidatos devem praticar suas respostas até que possam iniciar a entrevista na direção certa, diz Waller.
Traga cópias em papel do seu currículo
Traga pelo menos duas cópias do seu currículo, carta de apresentação e amostras de redação. E traga-os em um portfólio profissional. (Waller mantém uma pilha de portfólios para estudantes de direito que não os possuem.)
É um indicador de quão preparado você está, explica Waller.
Desligue o telefone
O ideal é desligar e deixar fora da entrevista, diz Rivera.
Seja educado
Seja educado e caloroso com todos, desde a recepcionista até o parceiro.
Mantenha contato visual com o entrevistador
“O contato visual é uma das principais maneiras pelas quais alguém mostra que está confiante e estabelece um senso de conexão”, diz Rivera.
Embora isso possa ser difícil para alguns candidatos, a maioria dos entrevistadores interpreta a falta de contato visual como um sinal de que alguém não tem interesse ou confiança.
Fazer anotações é bom
É aceitável fazer anotações, mas pergunte ao entrevistador se ele se importa antes de fazê-lo.
Use um caderno de papel. Se um candidato usa telefone, o entrevistador pode suspeitar que o candidato está enviando mensagens de texto para um amigo, explica Waller.
Comece forte – as primeiras impressões contam
“Há dados que sugerem que os entrevistadores decidem se vão contratá-lo em dois minutos”, diz Rivera.
“Comece com sua melhor habilidade. Pareça amigável, confiante, mas não arrogante”, diz ela. E esteja atento à comunicação não-verbal.
Faça uma conexão pessoal
Encontre uma conexão com o entrevistador. Pode ser sobre trabalho ou escola compartilhada, mas pode ser mais pessoal. Ver recordações esportivas na parede pode levar a uma discussão sobre o amor do candidato pelo beisebol, diz Rivera.
“Parece muito simples, mas a questão é ‘Quero trabalhar com você?’”, explica ela.
Mencionar atividades extracurriculares
Quando os candidatos incluem atividades extracurriculares em um currículo, eles recebem mais retornos de chamada, de acordo com os experimentos de Rivera.
Atividades que sugerem uma origem abastada – especialmente lacrosse – têm maior probabilidade de ganhar uma entrevista. Mas outros hobbies podem ser uma vantagem, se o candidato for específico sobre o motivo de seu interesse, diz Rivera. É uma chance de mostrar personalidade e paixão. E quem sabe? O entrevistador também pode adorar ler e fazer o “Spelling Bee” do New York Times.
Seja autêntico e honesto
Às vezes, os candidatos mentem para impressionar o entrevistador. Isso é um erro.
Os entrevistadores fazem perguntas de acompanhamento para verificar as afirmações de alguém, alerta Rivera.
E é difícil saber qual parceiro ouviu que o candidato era um jogador de golfe par e qual acredita ser um conhecedor de vinhos.
É melhor se apresentar com precisão desde o início.
“A lei é uma tarefa árdua e o nosso eu mais autêntico surge nessas condições”, explica Waller.
Quando solicitado, faça perguntas ponderadas
Nunca diga “Não tenho perguntas” quando o entrevistador as perguntar no final da reunião.
Em vez disso, faça perguntas personalizadas para o entrevistador, perguntando sobre sua prática, um assunto ou sua experiência.
Com perguntas bem pensadas, o candidato sai do entrevistador refletindo sobre o envolvimento do candidato no trabalho da empresa, diz Waller.
Transforme uma reunião virtual em um home run
Para reuniões virtuais, Rivera sugere estas estratégias:
- Tenha uma conexão estável.
- Escolha um fundo que não distraia.
- Desligue calendários, e-mails e qualquer coisa com alertas que interrompam uma conversa.
- Levante a câmera ao nível dos olhos e olhe para a lente para contato visual virtual.
- Espere que o entrevistador se atrase, pois os entrevistadores agendam reuniões virtuais consecutivas. Chegue cedo, calmo e pronto enquanto eles se atualizam.
Tenha uma visão de longo prazo
A maioria dos candidatos vê as entrevistas como transacionais e “consegui o emprego ou não”.
Essa é uma oportunidade perdida, segundo Waller.
Com uma troca positiva, mesmo que não tenha conseguido o emprego, o candidato pode considerar o entrevistador como uma nova conexão dentro de sua rede, diz Waller. E seus caminhos provavelmente se cruzarão novamente.